Os bebês são sempre encantadores. As brincadeiras e olhares derretem os pais e encanta quem está por perto. Minha pequena Ester, de um ano e onze meses, não é diferente. Fala pelos cotovelos, dança, canta e aparece com novidades a todo momento.
Algumas vezes acho que sou cautelosa demais, mas aprendi que com bebês e crianças todo cuidado é pouco. Num desses momentos fofura Ester pegou um copo de vidro que estava com água com gás, bebeu e fez uma careta linda. Éramos cinco mulheres observando aquelas gracinhas. Ela estava ao meu lado e em questão de segundos mordeu o copo e quebrou o vidro dentro da sua boca. Pulei da cadeira e abri a boca dela para tirar o vidro, uma outra amiga tirou os cacos da mãozinha. Limpei a boquinha, tiramos os cacos, ela cuspiu e aparentemente não tinha engolido pedaços de vidro e não havia cortes na boca.
Montamos o copo e todos os pedaços estavam ali, faltavam alguns farelos, mas imaginei que poderiam ter caído no chão. Em poucos minutos Ester voltou a brincar, comer e pular. Decidimos não ir ao hospital, pois parecia estar tudo bem. Pouco tempo depois coloquei o pijaminha, ela mamou e adormeceu. Meu coração começava a se acalmar.
Colocamos ela para dormir na sala da televisão. Estávamos na casa de uns amigos e da mesa de jantar podia vê-la. Após uma hora de sono ela começou a se mexer. Achei que ela queria um colinho, quando cheguei perto me apavorei. Tinha sangue para todos os lados. Não sabia de onde vinha o sangue. Uma poça no sofá, pijama, cabeça, mãos. Gritei desesperada. Todos levantaram apavorados.
Nunca tinha visto meu marido tão assustado. Um dos amigos tomou a pequena do meu colo e a limpou para ver de onde o sangue estava saindo e se o sangramento continuava. O sangue era do nariz e aparentemente tinha parado. No desespero enfiei o dedo na garganta dela para estimular o vômito. Achei que isso era a solução para sair possíveis pedaços de caco. Loucura!
O pânico tomou conta do meu corpo novamente quando lembrei que estávamos indo para emergência. Tenho péssimas experiências com os médicos de emergência. Começamos a ligar desesperadamente para o pediatra que mesmo aquela hora da noite atendeu ao telefone (preciso dizer que ele é o melhor pediatra do mundo). Relatei o caso e ele me disse que achava difícil a pequena ter engolido o vidro, pois ela estaria chorando, mas que era para ir ao hospital. Como o médico estava viajando tive que me aventurar na emergência. Ester estava tranquila e só queria dormir.
No caminho até o hospital lembrei dos 18 dias que ela ficou na UTIN, sonhei com a festa de 15 anos e chorei vendo o quanto a minha bebê era frágil. Tive medo de perder a minha princesinha, chorei de novo pensando nos cacos que poderiam estar cortando seu corpinho. Léo a pegou no colo e parecia se despedir. Não sei nem como definir tudo que sentimos.
O pediatra a examinou não achou nenhum corte na boca e repetiu o que o médico dela havia dito. Fomos encaminhados para uma cirurgiã geral. Ela examinou, revirou e nada. Os dois conversaram e não encontram uma explicação para o sangramento. Isso não era possível. Pedi para fazerem uma ressonância ou uma endoscopia. Explicaram que como ela era pequena não aconselhavam o exame, afinal aparentemente estava tudo bem. Os médicos passaram as orientações e nos mandaram para casa.
Passamos dias assustados, com medo. Ela está bem, mas agora estou insegura. Ester é prematura, mas isso nunca foi motivo para não viajarmos ou sairmos. Ela faz parte de todas as programações, é nossa companheira, um presente de Deus. Passei dias refletindo, procurando uma explicação. Não encontrei. Apenas aprendi que com crianças o perigo não é bonitinho e todo cuidado é pouco.
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Juliana
28 de abril de 2016 at 3:53Vi seu depoimento e fiquei bastante aflita. Tomara que não tenha acontecido nada demais com sua filhinha! Tenho pavor de copo de vidro! Sempre dou copo de plástico ou descartável a crianças! Na minha casa até um dia desses só tinha copo de plástico! Quanto eu tinha 2 anos sofri acidente com um copo de vidro. Tinha acabado de almoçar e fui entregar o copo para minha mãe. Ela conta que em questão de segundos o copo caiu no chão e eu , que estava em cima de uma cadeira , me desequilibrei e cai por cima do copo quebrado. Minha mãe disse que quando me levantou estava eu toda lavada de sangue. Ela não sabia se me socorria ou gritava feito louca. Fui atendida na emergência e passei por uma cirurgia delicada no rosto por 5 horas. Por uma distância mínima não cortou meu olho. Hoje minha cicatriz é imperceptível. Vai do lado do nariz até embaixo do olho e acima do olho. Só percebem quando falo ou chegam próximo! Hoje tenho 28 anos e um filho de 6 meses! E com certeza nem tão cedo darei um copo de vidro! Sou também muito cautelosa e quando aconselho outras mães parece que elas não dão muita bola, só quando vivenciam isso, não só em relação ao uso de copos de vidros como outros fatores no qual vejo potencial risco de acidentes.
Graças a Deus que sua bebê ficou bem!
Deus abençoe você e sua família !
Josefa Adriana Santana
4 de junho de 2018 at 13:01Eu não sei o que fazer com minha filha eu acho que ela engolir alguma coisa que ela tá com diarréia e vomitado e febre e não sei o que fazer mi ajudem já levei ela para médico nada e boca dela tá toda vermelha e médica passou amoxicilina para ela e paracetamol
Josefa Adriana Santana
4 de junho de 2018 at 13:05Minha filha toda hora ela coloca mão na barriga e ela tá com diarréia e vomitado e febre será que ela engolir alguma coisa eu não sei o que fazer mas já levei para médico nada